quarta-feira, 30 de setembro de 2009


Esta semana, a disciplina de Patologia promove a integração interdiciplinar através do interesse pela ciência.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Fibromialgia


Caracteriza-se por dor muscular e tendinosa difusa crônica em pontos dolorosos de localização anatômica específica. Os sintomas são dores generalizada ("dói tudo"). Em nenhum momento haverá inflamação ou deformidade nas articulações e os movimentos não estão limitados.

Caracteristicamente, os portadores de fibromialgia têm os sintomas por anos sem modificações importantes. Os problemas são dor e fadiga.

Como se desenvolve?

A causa e os mecanismos que provocam fibromialgia não estão perfeitamente esclarecidos. Não há nenhuma evidência concreta de que possa ser transmitida nem se verifica maior prevalência em familiares.

Diminuição de serotonina e outros neurotransmissores provocam maior sensibilidade aos estímulos dolorosos e podem estar implicados na diminuição do fluxo de sangue que ocorre nos músculos e tecidos superficiais encontrados na fibromialgia.

Qual a melhor forma de tratamento?

No tratamento, devem ser usados analgésicos; não parece haver vantagem no uso de anti-inflamatórios ou cortisona em caráter permanente.

São drogas obrigatórias os antidepressivos tricíclicos (principalmente amitriptilina e ciclobenzaprina) que agem sobre a serotonina no cérebro e têm efeito analgésico no sistema nervoso central.

Condicionamento muscular orientado por conhecedores da doença e seu entendimento pelos pacientes são indispensáveis. Pacientes com manifestações psiquiátricas mais intensas devem ter atendimento especializado.

Durante esta semana, acontece na Fac. Leão Sampaio a exposição do 1º Pathoscópio - Conceitos de Patologia. Participamos com o tema exposto abaixo:




sábado, 26 de setembro de 2009

ALERGIAS

O sistema imunológico normalmente defende o nosso organismo contra infecções, câncer, lesões e substâncias nocivas, com produtos químicos tóxicos. Ás vezes, porém ele reage excessivamente, atacando uma substância estanha normalmente inofensiva. Esta reação é uma resposta fenômeno conhecaido como alergias. Tais respostas podem variar a intensidade deste quadros brandos até distúrbios que ameaçam a sobrevivência.
Como se da a resposta alérgica?
Uma alergia se desenvolve se o sistema imunológico se torna sensibilizado a uma substância estranha (um alergeno). Quando exposto pela primeira vez ao alergeno, podendo este ser como pólen, sementes oleoginosas ou penicilina, o sistema imunológico cria anticorpos para combatê-lo. Os anticorpos revestem a superfície dos mastócitos, encontrados na pele, mucosa do estômago, pulmões e partes superiores dos vias respiratórias. Se o alergeno entra no corpo novamente, essas células montam uma resposta alérgica.
Etapas decorrentes a penetração do alergeno.

1. Exposição a alergeno:
Com a penetração do alergeno no organismo o sistema imune é ativado, células sanguíneas que fazem fagocitose são liberadas para combater o agente estranho, os linfócitos liberam os anticorpos que se ligam ás superfícies de mastócitos. Estas células de defesa contem histamina, que normalmente causa inflamação.
2. Anticorpos ativados:
Os alergenos em contato com os anticorpos se ligam a dois ou mais provocando a ruptura da célula. Fragmentos desta serviram para forma a resta contra esse agente causador a inflamação, os anticorpos levarão os fragmentos até as células B de memória que montarão uma resposta especifica para aquele alergeno.
3. Histaminas liberadas: Os grânulos do interior do mátocitos liberam histamina quando a célula se rompe. Esta histamina causa uma resposta inflamatória que irrita tecidos corpóreos e produz os sintomas de uma alergeno.


Algumas reações alérgicas causam inchaço de tecido do corpo, quadro denominado ANGIOEDEME.

O inchaço geralmente aparece repentinamente, em tecidos, imediatamente, abaixo da pele e em membranas mucosas. O angiedema freqüentemente afeta a face e os lábios, ele pode também ocorrer na boca, na língua e nas vias respiratórias, interferindo na respiração e na deglutição. Os desencadeamentos mais comuns são alimentos, como sementes oleoginosas e frutos do mar, outras possíveis causas são os antibióticos e as picadas de insetos. O angiedema grave necessita de tratamento médico emergencial. Para casos brandos, corticóides ou anti-histamínicos podem ser administrados para reduzir o inchaço.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Doenças Respiratorias


Milhares de microrganismos flutuam mesmo no ar mais limpo, e cada respiração traz essas partículas para o interior do trato respiratório. Apesar dos sistemas de defesa, como muco e cílios, esses micróbios aumentam o risco de infecções respiratórias. Se o nariz a faringe e laringe forem atingidas é chamados das vias áreas superiores (IVAS).
Como essas infecções se dão, pela penetração de bactérias e vírus estes se alojam nas células e dependendo do local é a parte mais afetada. As IVAS estão expostas à entrada continua de microrganismos a cada ato respiratório os micróbios agressivos podem conseguir penetra em vários lugares, e dar inicio a uma zona de infecção lá. Além das cavidades nasais, mais acometidas pelo resfriado comum, os outros lugares de risco incluem, os seis paranasais , a faringe ou garganta e a laringe. Os seios da fase são cavidades cheias de ar que se ampliam a partir da cavidade nasal em direção aos ossos do crânio e da fase. Há também grupamentos de tecido linfóide nas vias áreas superiores, os quais podem inchar consideravelmente durante a infecção, eles incluem as tonsilas faríngeas (nasofaringe), atrás das cavidades nasais, e as tonsilas palatinas, ou “amígdalas” localizadas de cada lado da orofaringe, perto da parte posterior do palato mole. Cada área infeccionada causa sintomas específicos.
Inflamação e dor, em várias combinações da faringe, tonsilas palatinas e laringe são, freqüentemente conhecidas pela denominação geral de “dor de garganta’’. As causas habituais são penetração de bactérias ou viroses, que podem esta associada com propagação de infecção causada por um resfriado comum. As tonsilas tendem a ser maiores durante a infância, uma vez que esse grupo contrai mais doenças infecciosas por que sua imunidade ainda esta em processo de desenvolvimento.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Palavras-Chave da Inflamação Crônica



A inflamação crônica ocorre nas seguintes situações:
1. Infecção persistente por certas bactérias como por exemplo o bacilo da tuberculose;
2. Exposição prolongada a determinadas substâncias irritantes tais como a sílica;

3. Reações autoimunes como por exemplo no lupus eritematoso sistêmico.

Características morfológicas:
1. Infiltrado inflamatório por células mononucleares (macrófagos, linfócitos e plasmócitos);
2. Destruição tecidual que é produzida pela persistência do agente agressor ou pelas células inflamatórias;
3. Tentativa de reparo que produz tecido conjuntivo.

Os macrófagos são as principais células da inflamação crônica e acumulam-se no foco inflamatório por três mecanismos:
1. Quimiotaxia;
2. Proliferação de macrófagos no foco inflamatório;
3. Liberação no foco inflamatório de um fator de inibição da migração de macrófagos, que os impede de abandonar o foco inflamatório.

Outras células importantes na inflamação crônica são:
1. Linfócitos - mobilizados em reações imunes (T e B) e não imunes. Interagem com os macrófagos;
2. Eosinófilos – são particularmente abundantes nas reações imunes mediadas por IgE e nas parasitoses;
3. Mastócitos – são células abundantes no tecido conjuntivo e que podem liberar histamina, particularmente nas reações anafiláticas a drogas, venenos de insetos e reações a alimentos;
4. Leucócitos polimorfonucleares – embora sejam mais característicos das inflamações agudas, podem ser encontrados também nas inflamações crônicas.

Efeitos sistêmicos da inflamação:
1. Febre - é produzida como resposta a substâncias (pirógenos) que provocam a liberação de mediadores que agem no hipotálamo, desencadeando a liberação de neurotransmissores que reprogramam o nosso termostato corporal para uma temperatura mais alta. É um mecanismo de defesa.
2. Proteinas da fase aguda - proteina C reativa, fibrinogênio, proteina amilóide A sérica são produzidas pelo fígado e aumentam nas infecções, podendo ser dosadas ou indiretamente estimadas para diagnóstico. Em infecções crônicas, a produção continuada de proteína amilóide A sérica pode levar à amiloidose secundária.
3. Leucocitose- ocorre por causa do aumento da liberação de leucócitos pela medula óssea (estimulada por citocinas), inclusive leucócitos ainda imaturos (desvio para a esquerda).
4. Sepsis - em infecções bacterianas graves, a grande quantidade de bactérias ou de lipopolissacarideos bacterianos (LPS ou endotoxinas) presentes na circulação provocam a produção de grande quantidade de citocinas que por sua vez desencadeiam coagulação intravascular disseminada, consumo de fatores da coagulação e hemorragias. Citocinas podem causar lesões hepáticas e prejudicam a sua função e consequentemente hipoglicemia por baixa da gliconeogenese. Aumento da produção de óxido nítrico leva a falência cardíaca aguda e choque. Esta tríade (coagulação intravascular disseminada, hipoglicemia e insuficiência cardíaca aguda é conhecida como choque séptico. A inflamação e as tromboses percebidas em diversos órgãos podem ocasionar falência d múltiplos órgãos tais como os pulmões (síndrome da angustia respiratória do adulto - SARA), os rins (insuficiência renal aguda - IRA) e os intestinos.
5. Outras manifestações - taquicardia, tremores, calafrios, anorexia, sonolência, palidez.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

IV ENfocando

Ocorreu no dia 19/09/2009 no campus saúde da Faculdade Leão Sampaio o IV ENfocando, projeto do Curso de Enfermagem, com o seguinte tema: H1N1.
O evento contou com a participação dos alunos dos diversos cursos de saúde da instituição.
Palestrantes do evento:


- Ângela Ginbo (médica), abordagem dos aspectos clínicos.
- Ana Ruth Sampaio (Biomédica), abordagem do diagnóstico (exames laboratoriais)
- Geni Oliveira Lopes (Enfermeira), abordagem dos cuidados de prevenção da gripe.
- Os professores Francisco Antônio Vieira dos Santos, Aracélio Viana e Flávio Furtado de Farias, juntamente com a coordenação de Enfermagem (Erine Dantas e Gleice Araújo, foram os organizadores do evento.




domingo, 20 de setembro de 2009

Inflamação Crônica


É considerada crônica a inflamação com grande durabilidade que pode persistir semanas, meses. Nesta, a inflamação ativa como também, a destruição tecidual e, tentativas de reparação ocorrem simultaneamente. Começa após uma inflamação aguda ou pode ocorrer como uma resposta de baixo grau, latente e muitas vezes assintomática.
Histologicamente a inflamação crônica caracteriza-se por:
Presença de macrófagos, linfócitos e plasmócitos gerando uma infiltração de células mononucleares; destruição tecidual ocasionada pelas células inflamatórias, além de tentativas de cicatrização por substituição de tecido danificado por tecido conjuntivo.
Na imunologia:
Devido aos produtos microbianos liberados pelos macrófagos e neutrófilos que são capazes de usar a célula normal e não diferenciar entre microrganismos e tecidos do hospedeiro alguns graus de lesão tecidual acompanham as reações imunes mediadas por células. Em geral, a lesão tecidual é limitada em extensão e em duração e, pára à medida que a infecção é vencida. Caso os macrófagos ativos deixarem de erradicar a infecção, continuarão a produzir citocinas e fator de crescimento, que progressivamente modificam o ambiente local do tecido.
Através disso, a lesão tecidual é seguida de resposta por tecido conjuntivo (fibroso), e a fibrose é a marca das DTH‘s – reação de hipersensibilidade tardia. Nas DTH‘s crônicas, os macrófagos ativos também sofrem modificações em resposta aos sinais persistentes das citocinas. Estes podem se fundir para formar células gigantes multinucleadas. Os aglomerados de macrófagos ativos, freqüentemente cercando fontes particuladas de antígenos, produzem nódulos de tecidos inflamatórios chamados granulomas. A fusão dos macrófagos serve para “emparedar” os microrganismos que resistem à destruição.
A inflamação granulomatosa é uma resposta característica a alguns microrganismos persistentes, tais como M. tuberculosis e alguns fungos que representam uma forma crônica da DTH. Em alguns granulomas, há uma área central de necrose, os estudos imunohistoquímicos poderão identificar os linfócitos como células T.

Fontes da pesquisa:
Imunologia celular molecular 4ª ed, Revinter – Abbas.A.K.
Imunobiologia 5ª ed, Artemed- Janeway.C.A.
Histologia básica (texto/atlas) 10ª ed, Guanabara Koogan- Junqueira.L.C.

sábado, 19 de setembro de 2009

Inflamação Aguda



A inflamação é classicamente dividida em aguda e crônica. A aguda é a resposta inicial a
lesão celular e tecidual, predominando fenômenos de aumento de permeabilidade vascular e
migração de leucócitos, particularmente neutrófilos. Localmente caracteriza-se pelos sinais cardinais
da inflamação e o exemplo mais claro é o abscesso. Se a reação for intensa, pode haver envolvimento
regional dos linfonodos e resposta sistêmica na forma de neutrofilia e febre, caracterizando a reação
da fase aguda da inflamação. Todas estas respostas são mediadas por substâncias oriundas do plasma,
das células do conjuntivo, do endotélio, dos leucócitos e plaquetas, que regulam a inflamação e
chamadas genericamente de mediadores químicos da inflamação. A inflamação deve portanto ser
entendida como uma série de interações moleculares, como aliás ocorre em outros processos
biológicos. A inflamação aguda tem como objetivo principal a eliminação do agente agressor,
ocorrendo freqüentemente destruição tecidual. Os fenômenos agudos, como o próprio nome diz, são
transitórios, havendo posteriormente a regeneração ou cicatrização da área envolvida, ou cronicidade
do processo se o agente agressor não for eliminado.
  • Processo:
    Lesão tecidual ---> inflamação aguda ---> regeneração, cicatrização, inflamação crônica.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Dermatite de Contato

A dermatite de contato - dermatose inflamatória. Podem-se distinguir dois tipos de dematite de contato: a dermatite de contato irritativa, decorrente dos efeitos tóxico e pró-inflamatórios de xenobióticos capazes de ativar a imunidade inata da pele, e a dermatite de contato alérgica, também conhecida como hipersensibilidade de contato (HSC) - requer a ativação da imunidade adquirida antígeno-específica levando ao desenvolvimento de células T efetoras, que são mediadoras da inflamação cutânea. É caracterizada por eritema, pápulas e vesículas, seguidas de ressecamento e descamação.

HENNINO, Ana; VOCANSON, Marc; CHAVAGNAC, Cyril et al. Fisiopatologia da dermatite de contato alérgica: papel das células T CD8 efetoras e das células T CD4 regulatórias. An. Bras. Dermatol., jul./ago. 2005, vol.80, no.4, p.335-347. ISSN 0365-0596.

Celulite

A celulite trata-se de uma inflamação aguda não-contagiosa do tecido conjuntivo da pele, resultante de infecção por estafilococo, estreptococo ou outras infecções bacterianas. Quando há uma lesão na pele, as bactérias presentes no local podem entrar no organismo e crescer causando infecção e reação do tecido à lesão (inflamação). A celulite ocorre mais comumente nos membros inferiores. Geralmente, a infecção ocorre após uma lesão da pele decorrente de um traumatismo, de uma ulceração, de uma micose (pé de atleta) ou de uma dermatite. As áreas da pele que se tornam edemaciadas são as mais vulneráveis. A celulite tende a recorrer próximo ou nas cicatrizes devidas a cirurgias (p.ex., cirurgia de varizes). Contudo, ela também pode ocorrer em uma pele não lesada. A infecção pode disseminar rapidamente e pode invadir os vasos linfáticos e a corrente sangüínea. Quando isto ocorre, a infecção pode disseminar por todo o corpo.
Os sintomas iniciais são a hiperemia (rubor) e a sensibilidade à palpação de uma pequena área da pele. A pele infectada torna-se quente e edemaciada e pode ter o aspeco de casca de laranja. Em uma forma de celulite denominada erisipela, as bordas da área infectada tornam-se elevadas. É comum a ocorrência de pequenas manchas vermelhas (petéquias). À medida que a infecção se dissemina para uma área maior, os linfonodos próximos podem tornar-se aumentados de volume e dolorosos. Os linfonodos da região inguinal (virilha) podem ser afetados por infecções dos membros inferiores; os linfonodos axilares podem ser afetados por infecções dos membros superiores. Podem surgir estrias vermelhas entre a área infectada e os linfonodos vizinhos. Um indivíduo com celulite pode apresentar febre, calafrios, aumento da freqüência cardíaca, cefaléia, hipotensão arterial e confusão mental. Às vezes, esses sintomas começam várias horas antes do surgimento de qualquer sintoma cutâneo, mas, em muitos casos, eles não ocorrem. Ocasionalmente, pode ocorrer a formação de abcessos como resultado da celulite. As complicações raras, mas graves, incluem a disseminação da infecção sob a pele com conseqüente morte tecidual (como na gangrena estreptocócica e na fascite necrotizante) e a bacteremia (disseminação da infecção através da corrente sangüínea a outras partes do corpo). Quando a celulite afeta o mesmo local repetidamente, os vasos linfáticos próximos podem ser lesados, causando um edema permanente do tecido afetado.
Assim que a celulite é diagnosticada, é iniciada a administração de um antibiótico. Além disso, disso, a parte afetada do corpo é mantida imóvel e elevada para ajudar a reduzir o edema. O desconforto pode ser aliviado pela aplicação de curativos frios e úmidos sobre a área infectada.
Por Manual Merck - Seção 17; Capítulo 174 - Infecções da Pele e do Tecido Subcutâneo. mds-brazil.com

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Leão Sampaio Combatendo o H1N1 na Romaria


Foi realizada no dia 15 de setembro, na cidade de Juazeiro do Norte, por alunos e professores dos cursos de Biomedicina e Enfermagem da Faculdade Leão Sampaio, uma mobilização com entrega de panfletos, com intuito de conscientizar e prevenir a população com respeito a Influenza A H1N1. A data de escolha deveu-se a ocasião da Romaria de Nossa Senhora das Dores e por conta do alto fluxo de pessoas em Juazeiro do Norte neste periodo. Além da mobilização os alunos prestaram também atendimentos como aferição da pressão arterial. Como resultado, obteve-se uma rica apredizagem sobre o tema trabalhado, como também grande interação com as pessoas além de momentos de pura descontração.

domingo, 13 de setembro de 2009

choque anafilático



O Que é a Reação Anafilática?
A Reação Anafilática ou Anafilaxia é uma reação aguda, grave e comprometendo todo o organismo, súbita, que se caracteriza por coceira e erupção generalizada de urticárias, vermelhidão da pele, dificuldade e ruídos para respirar e queda da pressão arterial, com aparecimento eventual de convulsões, vômitos, diarréia, cólicas abdominais. Trata-se de manifestação grave da Alergia, necessitando atendimento médico de urgência, podendo apresentar risco de vida. Nos casos de Anafilaxia, o tecido imunológico libera uma grande quantidade de histamina, fazendo com que, os vasos sangüíneos dilatem-se e permitam que escape o conteúdo intravascular para os espaços entre as células, produzindo inchaço. A Reação Anafilática implica na atuação de um anticorpo produzido pelo organismo denominado imunoglobulina do tipo E, que pela sua presença em todo organismo, leva à participação de vários órgãos na reação. Geralmente a pele é o tecido mais precocemente afetado, o que pode ser um sinal de alerta para a ocorrência da reação. Na seqüência, o paciente pode então apresentar as outras manifestações, como a queda de pressão, tonturas e eventualmente convulsões e perda de consciência. A Anafilaxia pode provocar concomitante o edema de glote, quando o paciente apresentará intenso desconforto respiratório, agitação, com a voz rouca. Ocasionalmente os sintomas assemelham-se a uma crise asmática.As causas da Reação Anafilática são diversas incluindo alimentos como nozes, alguns tipos de frutas (figo, kiwi, maçã, banana, abacate, etc), tomates, batatas, peixes, camarão ou a temperos. Os medicamentos muitas vezes estão envolvidos na causa das Reações Anafiláticas, e dentre eles encontram-se em especial a penicilina, aspirina, drogas anestésicas , contrastes radiológicos, medicamentos para pressão arterial (beta bloqueadores, inibidores da ECA). Materiais médicos que contenham látex, como luvas de borracha, catéteres, e outros produtos médicos, podem provocar reações em profissionais da saúde. Picadas de insetos como alguns tipos de mosquitos, formigas, abelhas e vespas também podem ser desencadeadores da Reação Anafilática. As pessoas que apresentam reações locais após picadas de insetos, dificilmente apresentarão episódios de Reação Anafilática em futuras picadas pelo mesmo tipo de inseto. Ocasionalmente algumas pessoas apresentam este tipo de reação, porém sem que se identifique qual foi o fator desencadeante.

Como se Identifica, Previne e Trata a Anafilaxia?
O reconhecimento da Anafilaxia é através das manifestações clínicas anteriormente descritas, quando se faz necessário à identificação dos possíveis alergenos que estão associados ao seu dia a dia, seja em em ambiente doméstico, no trabalho, hábitos e costumes, manuseio de produtos químicos, uso de medicamentos, etc.A medida fundamental de prevenção da ocorrência de Anafilaxia, é bloquear o contato com os alergenos que podem desencadear a reação, sejam alimentos, produtos químicos ou insetos. Esta medida pode reduzir em muito a possibilidade de ocorrência de novas reações. Em muitos casos, a imunoterapia pode propiciar bons resultados na prevenção.Os indivíduos que já tiveram Reações Anafiláticas graves, podem receber orientação médica para que carreguem sempre consigo uma ampola de Adrenalina, para eventual uso de emergência. Podem ainda, ser utilizados medicamentos como os corticosteróides e os antihistamínicos, em casos agudos e tratamento prolongado. Alguns pacientes obtém bons resultados com tratamento homeopático.

Como se Faz o Tratamento da Alergia?
Após a descoberta de qual é a causa, torna-se fácil tratar a alergia, bastando afastar o alergeno da alimentação. A sua retirada da dieta não basta, devendo também ser eliminados todos os seus derivados e os alimentos compostos que possam incluí-lo no preparo, nem que seja em quantidade muito pequena. Assim o indivíduo que apresente uma alergia ao queijo, não deverá comer nenhum alimento que tenha queijo, como um simples pão de queijo.Quando a alergia provoca reações muito severas, como o choque anafilático, o paciente não deverá nunca mais voltar a ingerir tal alimento, sob pena de enfrentar uma situação clínica que pode levar até a risco de vida. Nestas situações, depois de algum tempo sem consumir o alergeno, pode-se iniciar um tratamento de dessensibilização do organismo, aonde o alimento poderá ser reintroduzido gradualmente na dieta, até que possa ser reintegrado por completo.
Fonte:
http://www.rafe.com.br/sql_vamosprevenir/index.asp?setor=3&idc=16

sábado, 12 de setembro de 2009

Vemos aqui alguns exemplos de pigmentos: em A e B, visualizamos pigmentos exógenos e em C e D, endógenos.

O acúmulo anormal de pigmentos ou a sua diminuição também são indicativos de que a célula sofreu agressões. Uma pigmentação anormal é mais um sinal de perda da homeostase e da morfostase celular, portanto, é patológica.
A pigmentação patológica pode ser exógena, cujos pigmentos são de origem externa ao organismo, ou endógena, formada a partir de pigmentos naturais do corpo.

O acúmulo anormal de pigmentos ou a sua diminuição também são indicativos de que a célula sofreu agressões. Uma pigmentação anormal é mais um sinal de perda da homeostase e da morfostase celular, portanto, é patológica.

O espectro de cores das pigmentações patológicas geralmente abrange os tons retratados nesta figura, principalmente com relação aos pigmentos endógenos

Tipos de degeneração e infiltração: em A, vemos uma alteração hídrica; em B, alteração lipídica; em C, uma infiltração de natureza protéica e em D, uma degeneração protéica.

“A DEGENERAÇÃO é um processo regressivo reversível, resultante de lesões não-letais, em que são manifestadas alterações morfológicas e funcionais da célula”.
“A INFILTRAÇÃO também é um processo regressivo reversível, cujas alterações morfológicas e funcionais estão localizadas no interstício”.

A característica básica desse grupo de lesões é o seu caráter de reversibilidade, ou seja, de recuperação da homeostase e da morfostase. Pertencem ao grupo das degenerações as alterações hídricas, lipídicas e protéicas, estas últimas também compondo o grupo das infiltrações, levando a alterações hialinas.

Para cada tipo de alteração regressiva reversível serão descritos os principais processos patológicos envolvidos, salientando principalmente a sua etiopatogenia.


sábado, 5 de setembro de 2009

Pigmentação da pele



A cor da pele resulta de vários fatores: o conteúdo em melanina e caroteno,
A quantidade dos pigmentos principais a fenomelanina, vermelha e a eumelanina, marrom-negra na epiderme,
A quantidade de capilares na derme e a cor do sangue nesses capilares e de como os glânulos de pigmentos estão distribuídos.
A pigmentação da pele é regulada por fatores genéticos, ambientais e endócrinos que modulam a quantidade o tipo e a distribuição de melanina na pele, pêlos e olhos.
A melanina é um pigmento de cor marrom escura, produzida pelos melanócitos, que se encontram na junção da derme com a espiderme ou entre os queratinócitos da camada basal da epiderme. Os melanócitos são células que se originam das cristas neurais do enbrião e invadem a pele entre a 12ª e a 14ª semanas de vida intrauterina. Cada melanócitos tem dendritos digitiformes que contatam 30-40 células circunjacentes ( que rotinocitos basais). A melenina é sintetizada nos melanócitos com a participação da enzima tirosinase.
Uma vez formada, os grânulos de melanina migram pelos prolongamentos dos melanócitos e são injetados, por mecanismos poucos conhecidos, no citoplasma dos queretinócitos que funcionam como depósitos de melanina e contêm maior quantidade desse pigmentos do que os melanósitos. Os grânulos de melaninas se fundem com os lisossomas dos queratinócitos e por isso as células mais superficiais da epiderme não têm melanina. Os grânulos de melanina nas células epiteliais localizam-se oferecendo proteção máxima ao DNA contra os efeitos prejudiciais da radiação solar. A pele escura tem melanócitos maiores com mais melanossomas, que se degradam para dar uma pigmentação uniforme através das células a pele más clara tem melanócitos menores e melanossomas agrupados. A exposição aos raios UV (ultravioleta ) estimula os melanócitos tornando a pele mais escura ou bronzeada.
A degeneração e o desaparecimento de melanócitos em certos áreas da pele, o vitiligo. Tem base auto-imune, na qual o corpo gera anticorpos que atacam as células que fabricam o pigmento da pele, os melanócitos. Ele ocorre em manchas, freqüentemente simétricos, sobre o corpo: em cerca de um terço dos casos, a pigmentação retorna espontaneamente.
Manchas despigmentadas de pele se desenvolvem ao longo de meses ou anos, especialmente no rosto e nas mãos, e geralmente antes dos 20 anos de idade. As áreas são mais distintas em pessoas de pele escura. Elas não oferecem riscos médicos.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Dois padrões morfológicos de inflamação: acima, vemos uma inflamação aguda, com predominância de neutrófilos e necrose; abaixo vemos uma inflamação crônica, com células gigantes (CG), linfócitos (L) e grande quantidade de fibroblastos (F), indicativos da predominância da fase produtivo-reparativa. O critério de agudo ou crônico pode ser morfológico ou cronológico, mas é importante lembrar que nem sempre há coerência entre esses dois critérios (veja o texto ao lado).

Inflamação Aguda

Inflamação aguda é uma reação da microcirculação caracterizada por movimento de líquido e leucócitos do sangue para os tecidos extravasculares. É causado por eliminação de células metabolicamente alteradas, partículas estranhas, microorganismos, antígenos e necrose tecidual. A inflamação causa hipertermia local, hiperemia, edema e dor. A resposta inflamatória se dá na micro vasculatura, pelos componentes da resposta inflamatória, inclusive plasma sangüíneo, plaquetas, hemácias, leucócitos e mediadores químicos inflamatórios. Normalmente estes componentes se encontram no compartimento intravascular, através de um revestimento contínuo do endotélio. No processo inflamatório, ocorrem alterações na estrutura da parede vascular, levando ao escape de fluidos e componentes do plasma e leucócitos do espaço luminal para o extravascular. Ocorre aumento da permeabilidade do plasma e componentes inflamatórios.
A inflamação aguda é uma reação complexa, e é causada pela lesão celular, normalmente necrose. A inflamação é causada pelas células vivas ao redor da célula danificada. Tem como objetivo, destruir, eliminar e reparar a célula lesada. A inflamação consiste em uma reação vascular e uma reação celular. Características – Duram poucos minutos, causa dor, hipertermia local, hiperemia e edema. As reações vasculares e celulares da inflamação aguda são mediadas por fatores químicos produzidos ou ativados pelo estímulo inflamatório. São os mediadores químicos da inflamação.
Processos da Inflamação Aguda:
- Alterações estruturais na microcirculação que permitem que as proteínas plasmáticas e leucócitos deixem a circulação.
- Emigração dos leucócitos da microcirculação para o local da lesão e sua ativação para eliminar o agente nocivo.
- Alterações no calibre vascular que levam a um aumento no fluxo sangüíneo.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

A Alimentação e a Vitalidade



O corpo sempre responde aos bons tratos. O envelhecimento e sua velocidade estão relacionados com a genética e com a forma de como reagimos ao estresse. O processo do envelhecimento pode ser retardado através de uma alimentação saudável. Como também, esta alimentação pode influenciar impedindo degenerações que ocorrem com o tempo (, audição, memória, na visão, articulações, coração, artérias, pele ...). A alimentação saudável - oferecendo ao corpo mais água, alimentos integrais, frutas, peixes, hortaliças - é sinônimo de proteção.

ANTIOXIDANTES X RADICAIS LIVRES


Antioxidantes são substâncias capazes de diminuir ou neutralizar os excessos de radicais livres. Radicais livres são moléculas ou partículas eletricamente instáveis, que para tornarem-se estáveis, desestabilizam a membrana celular. Excessos de radicais livres aceleram o processo de envelhecimento. Frituras e gorduras aumentam consideravelmente os radicais livres e favorecem o surgimento de câncer e de placas de colesterol em artérias. Excesso de exercícios físicos também causam envelhecimento precoce. O estresse, fumo e drogas geram uma verdadeira cascata de radicais livres e com isso aceleram o envelhecimento celular e doenças degenerativas.


ALIMENTOS QUE NOS PROTEGEM

ÁGUA - essencial para levar nutrientes até as células; essencial para remover as toxinas de nosso corpo e para o controle térmico.
FRUTAS AMARELAS - mamão, manga, pêssego e damasco são ricas fontes de betacaroteno (pré vitamina A), pigmento antioxidante que retarda o envelhecimento celular.
FRUTAS RICAS EM VITAMINA C - acerola, caju, laranja, tangerina, limão, carambola, maracujá, são antioxidantes que estimulam a imunidade.
  • UVAS - principalmente as roxas, são ricas fontes de vitamina C e resveratrol, que ajudam na prevenção das doenças cardiovasculares.
  • FRUTAS VERMELHAS - cereja, morango, framboesa, amora, pitanga. Ricas em pigmentos antioxidantes, melhoram a memória e a atenção. São estimulantes e evitam a agregação plaquetária.
  • TOMATE E MELANCIA - são ricas fontes em licopeno, indicado como antioxidante "varredor" de radicais livres, e preventivo de câncer de próstata.
  • FRUTAS OLEAGINOSAS - castanhas, nozes, amêndoas, avelãs, amendoim. Ricas em vitamina E e selênio (antioxidantes). Indicadas para a prevenção do câncer. Estimulam a memória, imunidade e fertilidade.
  • VEGETAIS DO GRUPO DAS CRUCÍFERAS - brócolis, couve-flor, couve, couve de Bruxelas, repolho, espinafre. São ricos em betacaroteno, potássio e sulforafane (substância indicada para a prevenção do câncer de pulmão e mama).
  • SALADA CRUA DE HORTALIÇAS - fonte de betacaroteno, magnésio, cálcio e fibras. Previnem câncer de intestino e a absorção intestinal das gorduras e colesterol. Rúcula, acelga, endívias e alface, são indicadas para diminuir tensões e irritações.
  • BROTOS - entre eles, os de feijão, bambu, alfafa, trevo e lentilha. Representam formas jovens de vidas vegetais. Indicado na medicina chinesa para nos revitalizar /rejuvenescer. São fontes de cálcio, magnésio e potássio.
  • TEMPEROS PICANTES "QUENTES" - alho, alho poró, gengibre, cebola, noz moscada e pimenta (malagueta, caiena). São estimulantes, afrodisíacos, fluidificam mucos e catarros e evitam a agregação de plaquetas e trombose.
  • AZEITE - previne doenças obstrutivas coronarianas. Fonte de Vitamina E. Ajuda no funcionamento do intestino.
  • BERINJELA - na visão da medicina energética oriental, é indicada para aliviar excessos de tensão e a sensação de pressão no peito. É indicada para a proteção do coração e controle do colesterol.
  • SOJA - é indicada para a prevenção de câncer ( em intestinos, próstata e mama) e de doenças coronarianas. A soja ajuda a diminuir o LDL colesterol. Pode ser consumida na forma de to-fu, leite de soja e proteína de soja.
  • ARROZ- considerado o alimento do equilíbrio. Fonte de carboidratos e vitaminas do Complexo B.
  • SHITAKE - é excelente fonte de aminoácidos e óleos essenciais que previnem doenças cardiovasculares.
  • IOGURTE E COALHADA - são ricas fontes de cálcio e de lactobacilos. Os lactobacilos colaboram para a melhor qualidade da flora bacteriana intestinal, previnem câncer do colon e do reto, e fortalecem o sistema imunológico.
  • PEIXES - fontes de Omega 3, óleo essencial que ajuda no controle do colesterol e triglicérideos. Fonte de DMAE (dimetilaminoetanol) que auxilia na memória e atenção. Populações que consomem mais peixes do que carne, são menos propensas a doenças cardiovasculares. Entre os mais indicados: salmão, truta, atum, congro-rosa, pargo, badejo.
  • GINSENG E CHÁ VERDE - são revitalizantes. Melhoram a atenção e são fontes de bioflavonóides que evitam agregação plaquetária e formação de trombos.


Baseado em Dicas sobre alimentação saudável, do nutrologista Dr. João Curvo. http://www.aspas.org.br/.
BIANCHI, M. L. P. e ANTUNES, L. M. G. Radicais Livres e os Principais Antioxidantes da Dieta. Rev. Nutr., Campinas, 12(2): 123-130, maio/ago., 1999.
NUNES, E.; OLIVEIRA, S. C. e MORAIS, R. N. Radicais livres: conceito, doenças, estresse oxidativo e antioxidantes.
www.fes.br/revistas, acessado em 01 de setembro de 2009.

ENDOMETRIOSE




Para entendermos a endometriose primeiro vamos sabre que é endométrio e como se da o fenômeno da menstruação, até chegar à devida patologia.
O endométrio ou mucosa uterina consiste em um epitélio e uma lâmina própria que contém glândulas tubulares simples que ás vezes se ramifica nas porções mais profundas chegando ao miométrio. Essas glândulas sofrem alterações durante o ciclo menstrual.
O endométrio é subdividido em camada basal mais profunda, formado por tecido conjuntivo e camada funcional constituída pelo conjuntivo e lâmina própria, pela porsão final e desembocadura das glândulas e pelo epitélio superficial. Os vasos sanguíneos que irrigam o endométrio são muito importantes para o fenômeno cíclico de perda de parte do endométrio durante a menstruação. Enquanto a camada funcional sofre mudanças intensas durante os ciclos menstruais a camada basal permanece quase inalterada.



O ciclo menstrual é o primeiro sinal de que a menina está se tornando sexualmente madura, geralmente começa entre 12 e 15 anos de idade e continua até os 45-50 anos. Por alguns dias de cada mês de quatro a cinco dias ocorre sangramentos vaginal com resultado do deslocamento da mucosa uterina, no inicio de cada ciclo,o ciclo tem duração variável mas em média é de 28 dias.
Estrógeno e progesterona controlam grande parte da estrutura e função dos órgãos do aparelho reprodutor feminino. A proliferação, diferenciação e secreção das células epiteliais, com também o tecido conjuntivo, despende desses hormônios. Antes do nascimento esses órgãos são influenciados por estrógenos e progesterona, que circulam no sangue materno e alcançam o feto pela placenta.
Depois da menopausa, a síntese diminuída desses hormônios causa uma involução geral dos órgãos reprodutores. Após a puberdade os hormônios ovarianos, por estímulo da adeno-hipófise, fazem com que o endométrio passe por modificações estruturais cíclicas. O FSH (hormônio folículo estimulante) é liberado pele hipófise, que estimula os folículos no interior do ovário. Os folículos secretam estradiol, uma forma de estrogênio. Isso dá inicio à liberação de LH (hormônio luteinizante) que amadurece o óvulo e enfraquece a parede do folículo, permitindo a liberação do óvulo maduro. A ovulação pelo ovário direito e esquerdo é inteiramente aleatório. Se ele for fertilizado, o embrião será implantado na parede uterina e sinalizara sua presença através da liberação do hormônio gonadotrópico coriônico humano (HCG), medidos em teste de gravidez. Essa substancia mantém o corpo lúteo morre e o níveis de progesterona. Na ausência da gravidez e sem o hormônio HCG, o corpo lúteo morre e os níveis de progesterona e estrógeno no sangue diminuem. Isto causa vários ciclos de contrações das artérias espirais, bloqueando o fluxo de sangue e produzindo isquemia, causando morte por necrose das paredes das artérias assim como da porção da camada funcional do endométrio irrigada por esses vasos. As artérias se rompem após os locais de contrações e o sangramento começa. Uma porção da camada funcional do endométrio é separada e o resto do endométrio encolhe devido à perda de fluido intersticial. A quantidade do endométrio e sangue perdidos varia entre diferentes mulheres e até mesmo na mesma mulher em diferentes ciclos.
O tecido endometial proveniente do interior do útero pode aderir-se a outros órgãos na cavidade pélvica. A endometriose é uma condição comum que afeta muitas mulheres no período reprodutivo. Ela causa dor debilitante e ciclo menstrual intenso em casos severos a condição pode levar a infertilidade. Quando a menstruação é expulsa da cavidade uterina, parte desse sangue com fragmentos do endométrio descamado flui para dentro ligam-se a outros órgãos vizinhos os locais mais comuns são Fundo de Saco de Douglas (atrás do útero), septo reto-vaginal (tecido entre a vagina e o reto), trompas, ovários, superfície do reto, ligamentos do útero, bexiga, e parede da pélvis, causando dor. A dor pode ser cólica menstrual intensa, dor abdominal à relação sexual, dor no intestino na época das menstruações ou uma mistura destes sintomas.
O diagnostico de suspeita da endometriose é feito através da história clínica, ultra-som endovaginal especializado, exame ginecológico, e marcadores, exames de laboratório. Atenção especial deve ser dada ao exame de toque, fundamental no diagnóstico da endometriose profunda.

Imagem cedida pelo Dr. Manoel Orlando da C. GonçalvesUltra-som transvaginallesões no reto e sigmóide (setas amarelas) e no ligamento uterossacro esquerdo (setas vermelhas). http://www.gineco.com.br/images/endometriose_ultra_som.jpg

Cerveja liberada?!



Muita gente deve ter espumado de alegria, sobretudo os apreciadores de uma loira gelada — e são muitos! Cientistas da Universidade de Granada e do Conselho Superior de Investigações Científicas da Espanha liberaram o consumo de cerveja para atletas. E isso está longe de ser aquele tipo de conversa jogada fora na mesa de um botequim. Os pesquisadores espanhóis recrutaram 16 homens saudáveis, com idade entre 20 e 30 anos. Todos praticavam atividade física regularmente e a silhueta de nenhum deles denunciava a protuberância de uma barriga de chope. Essa moçada teve de suar a camisa durante 60 minutos correndo em uma esteira sob uma temperatura ambiente de 35 °C. A suadeira rolou solta em duas ocasiões, com um intervalo de três semanas entre cada uma delas. Concluída uma das provas, os participantes mataram a sede com água na quantidade desejada. Numa outra, se reidrataram basicamente com 660 mililitros de cerveja, quase o equivalente a uma garrafa grande no Brasil. Antes, logo após e cerca de duas horas depois do exercício, o time hispânico analisou uma série de parâmetros, como o nível de hidratação, que poderiam ser influenciados pelo álcool da bebida — ora, sabe-se que essa substância faz o corpo eliminar líquidos. E não é que a breja, apelido carinhoso que os paulistanos deram à opção mais pedida em dez entre dez bares brasileiros, desceu redondo? Os cientistas constataram que ela foi capaz de restabelecer as perdas hídricas de maneira tão eficiente quanto a água e sem nenhum prejuízo aparente. Em outras palavras, a cervejinha é uma boa maneira de hidratar o organismo após o exercício físico. “Uma lata de 356 mililitros contém 326 de água”, justifica Antonio Carlos L. Campos, professor de nutrição da Universidade Federal do Paraná. Mas é preciso ressaltar, e os estudiosos espanhóis fizeram questão disso, que o consumo deve ser moderado. “A recomendação diária seria de duas a três latas para os homens e de uma a duas para as mulheres”, contabiliza Juan Ramon Barbany Cairo, professor de fisiologia do exercício da Universidade de Barcelona, que participou do simpósio Cerveja, Esporte e Saúde, no qual foi apresentado o trabalho espanhol. Mas nem todo mundo engole essa história de cerveja liberada. É o caso de José Kawazoe Lazzoli, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva. “Ela não traz nenhum benefício para atletas ou praticantes de atividade física”, sentencia. “Para exercícios com duração acima de uma hora, é importante a reposição de água, carboidratos e eletrólitos, substâncias encontradas em bebidas isotônicas.” E, para atividades de intensidade moderada a alta, com até 60 minutos de duração, o especialista não titubeia em recomendar aquela fórmula conhecida de todos: H2O. Querelas à parte, o que se sabe é que a cerveja não é só água, não. “Ela é altamente nutritiva”, diz Antonio Carlos L. Campos. “Além de ser fonte de energia e proteínas, é rica em vitamina B, sais minerais e antioxidantes.” Por falar nisso, a bebida está repleta de flavonoides, poderosos agentes antirradicais livres, moléculas danosas acusadas de semear doenças diversas. Essa substância está por trás da boa fama que o vinho ganhou nos últimos anos, especialmente no quesito prevenção de males cardiovasculares. “Numa dieta rica em carne branca, frutas e verduras, os benefícios da cerveja são semelhantes aos do vinho”, diz o espanhol Cairo. E vitaminada é um adjetivo que lhe cai bem. A bebida é um manancial de folato, a outra alcunha do ácido fólico, nutriente capaz de prevenir tumores no cólon, na bexiga e nos pulmões, além de afastar a anemia. Tamanho atributo nutricional se justifica: é que o lúpulo e o malte, ingredientes da fórmula dessa preferência nacional, contêm doses generosas de folato. Há um senão: o álcool poderia dificultar a absorção da vitamina. Quanto, ainda não se sabe. Mas, para não estragar a festa, o melhor é fazer um brinde à sua saúde!

Fonte: "Fábio de Oliveira e Paula Desgualdo; REVISTA SAÚDE"

Alteração no Grau de Pigmentação do Interior das Células.

O acúmulo anormal de pigmentos ou a sua diminuição também são indicativos de que a célula sofreu agressões. Uma pigmentação anormal é mais um sinal de perda da homeostase e da morfostase celular, portanto, é patológica. A pigmentação patológica pode exógena, cujos pigmentos são de origem externa ao organismo, ou endógena, formada a partir de pigmentos naturais do corpo.


A pigmentação exógena pode ser dividida nos seguintes tipos:

ANTRACOSE: pigmentação por sais de carbono. Comum sua passagem pelas vias aéreas, chegando aos alvéolos pulmonares e ao linfonodos regionais por intermédio da fagocitose do pigmento. A antracose em si não gera grandes problemas, mas sua evolução pode originar disfunções pulmonares graves, principalmente em profissionais que constantemente entram em contato com a poeira de carvão. Cor: varia do amarelo-escuro ao negro.
SIDEROSE: pigmentação por óxido de ferro. Cor: ferrugem.
ARGIRIA: pigmentação por sais de prata. Geralmente é oriunda por contaminação sistêmica por medicação, manifestando-se principalmente na pele e na mucosa bucal. Cor: acinzentada a azul-escuro e enegrecida se a prata sofrer redução.
BISMUTO: Atualmente é rara de ser vista, sendo comum na terapia para sífilis. Cor: enegrecida.

TATUAGEM: feita por sais de enxofre, mercúrio, ferro e outros corantes. A fagocitose, feita por macrófagos, desses pigmentos pode provocar a transferência destes para linfonodos regionais. Cor: varia conforme o tipo de pigmento presente.
SATURNISMO: contaminação por sais de chumbo. Cor: azulada ou negra, dependendo da profundidade do tecido onde se encontra. Na gengiva, a contaminação por sais de chumbo ou bismuto produz uma coloração negra denominada de LINHA DE BURTON.
TATUAGEM POR AMÁLGAMA: áreas de coloração azulada na mucosa bucal decorrente da introdução de partículas de amálgama na mucosa; essa introdução pode ser devida a lesão na mucosa no local da restauração no momento de inclusão do amálgama na cavidade.


É importante ressaltar que a patologia das pigmentações centra-se no fato de que estão presentes não somente cores diferentes no local, mas também, e principalmente, substâncias estranhas aos tecidos provocando as chamadas reações inflamatórias. Os agentes pigmentadores exógenos, assim, constituem, antes de mais nada, fatores de agressão, , ao contrário dos agentes pigmentadores endógenos, naturais no organismo, cuja presença indica que o tecido está sofrendo algum tipo de agressão não necessariamente provocado pelo pigmento.
Fonte: "USP - Pato Arte Geral; Pigmentações Patológicas."